Friday, September 24, 2010

Dando prosseguimento a série de realidades alternativas, agora é a vez da Ford...
 E se a Ford além dos caminhões e picapes, decidisse fabricar veiculos de passeio já no final dos anos 50? A opção americana seria logicamente um carro grande, o Fairlane 56, que poderia ser nacionalizado até 1960.
Acima os modelos ingleses Prefect e Anglia e abaixo o alemão Taunus em duas gerações
Mas se a escolha da montadora fosse um carro menor o ingles Prefect 53 (partindo do princípio que o incentivo a industria nacional deu início em 1956) seria uma boa pedia e chegaria aqui em 1958, a esta altura estaria um pouco defasado,  porém, ou o Anglia 57 chegaria mais tarde mas mais atual apesar do desenho mais exótico, outra opção seria o alemão Taunus 52 para 1957 ou o modelo mais novo de 1957, que poderia ser fabricado em 1961. 

Acima o Falcon original e ao lado a reestilização para os anos 70, abaixo o Mustang
Como o Fairlane era grande demais e os europeus Prefect e Taunus pequenos, a Ford Brasileira poderia nos meados dos anos 60 ter lançado o Falcon a exemplos dos Argentinos. Bom lembrar que um carro que compartilhava plataforma com o Falcon nos EUA era nada menos que o Mustang, seria pretensão da minha parte sugerir a fabricação do Mustang no Brasil, mas lembro que muitas revistas nacionais cogitavam essa idéia.

Outra alternativa para um médio seria o europeu Cortina, acho pouco provável, mas também não deixa de ser um carro interessante, é até mais simpático que a frente  tristonha do Falcon, só o nome Cortina seria estranho no Brasil.


Voltando a história original da Ford, lançado o Galaxie, e tendo como carro médio o Aero, o que a Ford faria se não tivesse escolhido o Maverick para ser produzido no Brasil? A Ford na época tinha um sério problema com seus motores, apenas com o V8 do Galaxie  e o 6 cilindros do Aero era de concepção antiga, a solução seria reestilizar a frente do Aero, como a deste protótipo ao lado que tinha uma frente inspirada nos Lincoln.

Com o Aero ganhando um fôlego a mais até a chegada de um modelo mais moderno e para a Ford não ficar comendo poeira do Opala e do Dodge, a carta na manga seria disponibilizar a configuração coupé para o Galaxie, um pouco grandalhão, mas um V8 de respeito, rs.


Taunus Sedan, Fastback, SW (MKIII) e o (MKV)
 Toda essa ginástica seria para ganhar tempo de concluir a fábrica do motor intermediário, o 2.3 que cairia como uma luva no Taunus, concorrente do Opel Rekord na Europa que tinha versões sedã, Fastback e Turnier (SW), não era um carro tão excitante quanto o Maverick, mas poderia ter sobrevivido mais do que ele em virtude da crise do petróleo. O Taunus passou a ser produzido na Argentina em 74 e aqui viria em 75, o motor 2.3 poderia vir da argentina até a sua nacionalização. Em 81 ocorreria uma atualização para a versão MKV e agora sabemos de onde veio a inspiração para o Del Rey, rs. 
O europeu Sierra ou o americano Tempo?
Sierra Sedan, XR4 e Station... ou seria Belina?

Se o Brasil seguisse o ritmo da Argentina teríamos em 1985 o Sierra que também comportava o 2.3, ao contrário do Corcel. Outra opção seria o americano tempo, mas acho que seria um retrocesso visto que o Sierra era o que tinha de mais moderno para a época, mais tarde seria lançada a versão Sedan. Ja pensou um Sierra XR4?

Fiesta original de 76 e remodelado em 1983
Como o Taunus era um pouco menor que o Maverick, seu lançamento poderia ter cancelado o projeto do Corcel II, Belina e o Del Rey, eram excelentes carros mas limitados para receberem motorizações maiores. Tendo uma lacuna a preencher a Ford poderia se dedicar ao tão anunciado mini-ford que as revistas automotivas tanto anunciavam no final dos anos 70, ou seja, o Fiesta que foi lançado em 76 na europa poderia estar a venda no Brasil desde 79/80. Estrategicamente seria bom para a Ford, pois teriam um concorrente para o Fiat 147 e o Gol que a VW lançaria. E mais  tarde um produto para receber motorização 1.0 no início dos anos 90.



Maverick reestilizado para os anos 80
 E se a Ford tivesse seguido a receita americana com o Maverick e este sobrevivido aos anos 80? Nesta projeção que fiz há algum tempo mostra como seria uma reestilização, entre o final dos anos 70 e início dos 80 no Brasil a tendência eram os faróis retangulares, como os americanos nesta época se tornaram exagerados acredito que a Ford se inspiraria na frente do Granada. Outra projeção que fiz há tempos foi a do Corcel hatch mais curto,  definitivamente seria o fundo do poço...

Taurus, Scorpio e Falcon
Se o Maverick tivesse continuado, não teríamos Taunus, voltamos com o Corcel/DelRey ou mais tarde o Sierra, mas para concorrer com o Omega no início dos anos 90 e aposentar tanto o Maverick como o Landau (que acabou um pouco antes) a Ford teria que escolher entre o americano Taurus, o alemão Scorpio e o Australiano Falcon.
E se o gosto dos brasileiros fosse mesmo dos grandes? Se o Landau tivesse sobrevivido ele sofreria outra reestilização ou ganharia uma nova geração? A nova barca seria o Crown Victoria 83, seria lançado aqui em 1987, acho que até conservaria o nome Landau.

Primeira Geração do Escort e o americano Pinto
Mudando novamente a realidade, e se a Ford não tivesse comprado a Willys no Brasil, como sobreviveria?
Todos sabem que o Corcel era derivado de um modelo Renault que a Willys lançaria aqui. E a Ford que produzia apenas o Galaxie e a picape, não tinha motores pequenos disponíveis, fatalmente a matriz da Ford teria que  investir no Brasil, mas atrasaria um pouco, a opção 1 seria antecipar o Taunus ou o Maverick, ou até mesmo um carro menor como o Escort.  Tinha também a  opção do americano Pinto de 1970 para chegar em 1974, como o nome não pegaria bem no Brasil (só pra esclarecer que nos EUA Pinto é uma raça de cavalo, rs)  aqui poderia até se chamar Corcel, já que o nome é da Ford, mas o Pinto era um carro problemático, projetado com o tanque de combustível muito atrás, o que ocasionava incêndios em caso de colisões traseiras,  portanto, acharia mais viável para o Brasil ou o Taunus ou o pequeno Escort.
Sem a Willys a Ford também não herdaria o Jeep CJ, a Rural, nem a F75, e se eles quisessem um fora-de-estrada teriam que optar pelo Bronco, e para a década de 80 o Bronco II que teria um melhor aproveitamento de plataforma se também fabricassem a Ranger I. O chassi das F100/F1000 poderia ser aproveitado no Furgão Ecovan.

Haverá uma continuação da Ford para os anos 90 e 00, mas antes terminarei o ciclo das décadas anteriores das outras montadoras...

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